sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Trifene sem açucar


Peço-vos a todos que leiam esta mensagem com o máximo de atenção! Por causa do medicamento para as dores, o Trifene, estive no hospital de Cascais cerca de três horas, isto só para ser atendido. Acreditem que ao ouvir na rádio, o anuncio ao novo Trifene sem açúcar, acreditei, nesse mesmo momento, que quase todos os meus problemas conjugais iriam ficar resolvidos! Passo a contar. No mesmo dia que fiquei informado, logo que saí do emprego, dirigi-me à farmácia e comprei aquilo, que para mim, seria o fim de grande parte das minhas chatices. Logo que adquiri o produto, fui para casa, mas sem dizer nada, pois queria fazer uma surpresa! Tudo se desenrolou dentro da normalidade, e quando já toda a gente estava a dormir, lá fui eu para o meu quarto de Trifene na mão! Num apíce, tirei toda a roupa, qual Homem Relâmpago, e vai de me encostar a esposa, dando a entender o conteúdo das minhas intenções, que nem davam para disfarçar! No momento seguinte à minha entrada fulgurante no vale dos lençóis, começou todo um diálogo que se tornaria num momento inesquécivel, principalmente para mim:

--Chega-te cá para mim querida!

--Pára lá quieto! Não vês que eu estava a dormir? (mentira)

--Vá lá! Olha só como é que eu estou!

--Não me chateies! Não quero saber nada disso! Dói-me a cabeça!

--Doi a cabecinha querida, doi?

--Sim...

--Tadinha! Mas olha só o que eu trago aqui! Finalmente essas malditas dores de cabeça que todas as noites te atormentam, vão acabar!

--O que é isso?

--É o Trifene! Acaba com qualquer dor!

--.....

--Então? Quem é amigo? Vou buscar um copo de água para ajudar a engolir o comprimido.

--Espera...!

--Sim meu docinho?

--Isso engorda...

--Ó amor! Não tens que te preocupar mais com esse problema! Este Trifene já vem sem açucar! Não é fantástico?

--.......

--Vou buscar a água...

--Espera ! - disse-me ela ao mesmo tempo que se sentava na cama e acendia a luz do candeeiro.

--Sim?

--Tenho algo para te contar.

--Vais dizer-me como estás feliz, por irmos livrar-te dessas dores de cabeça nocturnas que há tantos anos que te atormentam!

--Não é isso. Sabes, as dores têm sido apenas uma desculpa para que tu não me venhas cá melgar!

--O que estás para aí a dizer querida?

--É isso! As dores eram apenas para não ter que levar contigo!

--O QUÊ? -gritei eu, ao mesmo tempo que saia da cama. --TU ESTÁS-ME A DIZER QUE NUNCA EXISTIRAM DORES NENHUMAS, QUE ERA TUDO UMA MENTIRA???

--Sim...

--GASTEI RIOS DE DINHEIRO EM ESPECIALISTAS MÉDICOS EM MACUMBAS ATÉ DEI A VOLTA AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA SETE VEZES DE JOELHOS SEM PARAR POR UMA MENTIRA? - disse eu numa berraria descontrolada, sem pontuação e sem nada. Nisto, e num acesso de raiva, atiro a caixa dos comprimidos contra a parede.

--Apanha já isso, se fazes favor! - disse ela num tom ameaçador.

--APANHA TU!!! E SE NÃO QUISERES PODES ENFIÁ-LOS NO C*!!!

Bem, podem ver o que é que nos pode acontecer na vida, por uma simples caixa de comprimidos para as dores. E, antes que me esqueça, as três horas de espera para ser atendido por um médico no hospital, foram de pé.

1 comentário:

  1. eheheheh ai eheheh caramba ,,eheheheh dás cabo de mim .agora diz-me lá se nao te ficou a doer a cabeça a ti eheheh DOIDO,,,parabens ri que me fartei beijinhos mandalaas

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